terça-feira, 10 de novembro de 2015

Tchick




Que tal pegar um carro e dirigir por aí, sem rumo?

É bom esclarecer que, neste caso, o carro é roubado. No entanto, quem daria falta de um Lada caindo aos pedaços?

Vai falar que você nunca quis fazer isso? Não digo exatamente a parte de roubar um carro, mas sim de viajar sem planos, ao lado de uma pessoa bacana, e deixar o destino escolher o que vai acontecer com vocês.

Você e seu amigo.

Você e Tchick.

Para ser mais exata, Maik e Tchick.

A história é narrada por Maik, mas o nome da pessoa que dá título ao livro é de Andrei Tschichatschow (Tchick), seu novo colega de sala. Tchick é um adolescente estranho que chega à escola após o feriado da Páscoa. Além de não estar interessado em conhecer as pessoas com quem estuda, ele aparece constantemente bêbado durante as aulas, o que, entre outras peculiaridades, só fomenta os boatos de que sua família faz parte da máfia russa.

Maik é antissocial, não tem amigos e nem apelidos, e é secretamente apaixonado por Tatjana. Ele decepciona-se quando, no último dia letivo, não é convidado pela garota para sua festa de aniversário. Somente Maik e uns babacas ficam de fora da balada mais esperada para as férias de verão – isso após ele ter preparado o presente de Tatjana durante meses.

Com a mãe alcoólatra passando mais uma temporada na clínica de desintoxicação, e o pai fazendo uma viagem à “negócios” com uma de suas assistentes anos e anos mais nova, Maik não espera muitas coisas de suas férias de verão sozinho em casa.

E é aí que surge Tchick. Até então, ele e Maik nunca tinham conversado, mas Tchick começa a frequentar a casa de Maik durante os primeiros dias das férias. Mostrando ser uma pessoa agradável, Tchick convence o amigo a entregar o presente de aniversário que ele tinha preparado à Tatjana.

Poucos dias depois, Maik e Tchick deixam Berlim para trás e decidem viajar rumo à Valáquia, na Romênia, para visitar uns parentes de Tchick. Um dos problemas que encontram assim que caem na estrada – além de terem quatorze anos e se preocuparem, durante a maior parte do tempo, em não serem pegos pela polícia – é o fato de não saberem como chegar à Valáquia.

Dessa forma, entre campos e plantações à beira da estrada, eles almoçam com Friedemann e sua família maluca e receptiva, comem amoras com Isa, recebem ajuda de uma fonoaudióloga e têm um encontro inesperado com porcos. A trilha sonora da viagem fica por conta do plim-plim-plim do piano de Richard Clayderman – uma fita cassete que Maik encontra no Lada.

Carpe Diem.

Como será que essas férias de verão terminam?

Tchick foi o primeiro livro de um escritor alemão que eu li. Uma história leve, divertida, com capítulos bem curtos, o que faz com que o leitor sempre queria ler “só mais um pouquinho”, antes de fazer uma pausa necessária. Não me sinto no direito de dizer o que acontece no final da história, mas posso afirmar que deixa o leitor com aquela famosa sensação de “quero mais”.

2 comentários:

  1. Gente, parece ser bem bacana. Amei.
    Beijos, Manu
    http://www.sabordelivros.com.br

    ResponderExcluir
  2. Passando no blog! *_* Sucesso!

    Beijos,
    http://postandotrechos.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir